terça-feira, 6 de outubro de 2009

"PAI NOSSO QUE ESTÁS NOS CÉUS"!

MAT. 6:9.
“PAI NOSSO QUE ESTÁS NOS CÉUS”.
Fazendo uma exegese do V.9 encontrei as seguintes verdades:
1 – ORAI no grego προσεύχεστε trás a idéia de oração somente a Deus, excluindo qualquer outro ser, outro nome, a não o Senhor!
Portanto, não existe oração aos ídolos, antepassados etc...
Podem até orar, pedirem, agradecerem, louvarem, exaltarem, Todavia será falsa, estará em desacordo com Deus.
Há um artigo no grego “ό-ró” que está neste versículo que seu sentido é distinguir indivíduos, classes sociais e religiosas.
Portanto, o artigo no contexto do pai Nosso distingue tanto o estilo da oração que é diferente das orações rituais, formais, vazias, repetitivas que os judeus costumavam fazer, bem como a quem a oração é dirigida: Se a Deus ou aos deuses.
Quando oramos, a nossa oração é com distinção ou não passa de uma reza? É dirigida a Deus ou aos ídolos?

2 – VERDADE:
Oração é abrir o coração, a vida, os desejos, à vontade...
É conversa de amigo, de pai para filho e vice-verso...

3 – VERDADE:
A oração tem que ser em nome... Jo. 14:13 – “e tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho”.
Jo. 15:7,16 – “Se vós permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e vos será feito... Vós não me escolhestes a mim mas eu vos escolhi a vós, e vos designei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vo-lo conceda”.
Jo. 16:24 – “Até agora nada pedistes em meu nome; pedi, e recebereis, para que o vosso gozo seja completo”.
Tudo o que pedirmos tem que ser para glorificarmos ao Senhor.

4 – VERDADE:
No grego a palavra Pai Nosso é: πάτερ.
Os judeus já conheciam Deus como Pai, mas não como o Senhor Jesus O conhecia, Abba, Pai, como um infantil, como dependente, o que Paulo enfatizou mais tarde em Rm. 8: 15, bem como Gal. 4:6 – Tratar Deus de Papai, de maneira carinhosa, com intimidade.
Mais uma vez o artigo no grego “ό-ró” está entre a palavra Αββα ό πατήρ por duas razões:
1 – Que Esse Pai é diferente, é um Pai de amor, de misericórdia, que perdoa.
2 – Que esse relacionamento com Esse Pai é um relacionamento diferenciado, um relacionamento filial.
Temos nós intimidade com Deus como pai e filho?
Talvez os irmãos não entendam isso na prática por causa do machismo em que fomos criados, mas também pela falta de carinho, amor, afeto não recebidos quando éramos crianças em que se pensavam que o pai não podia demonstrar carinho, afeto, amor e beijar um filho, pois faria dela um homossexual.
Daí não termos liberdade de chamarmos Deus de papai, paizinho, intimidade com Deus. A idéia que se tem é que Deus está distante, não se importa, não se interessa por nós!
Mais esse deve ser o tratamento dos filhos de Deus para com Deus.

5 – VERDADE – GLORIFICAR AO PAI:
Em Mt. 5:16 a 2ª parte quando diz: “... para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus”.
No grego: δοξάσωσιν significa glorificar, honrar, dignificar, exaltar a Deus.
Deus sendo glorificado através das boas obras dos salvos. Através de nosso viver, testemunho.
Glorificado através daqueles que vem a Cristo; porque glorificamos a Cristo.
A idéia aqui não é um ato que acontece e acaba; é um glorificar continuamente: no domingo na casa de Deus, continua no decorrer da semana onde estiver até nos encontrarmos no domingo outra vez no templo.
O glorificar a Deus vem acompanhado da palavra grega ύμων que reforça a idéia de glorificar com cânticos, com hinos de louvor, com alegria.
A igreja do Senhor tem glorificado a Deus com alegria?
O que tem atrapalhado esse glorificar com alegria?
Deus sabe!
Se em Mt. 5:16 a palavra grega para Pai é πάτερ, significando todos os filhos glorificando O Único Pai, que é Deus. Já em 6:9 a palavra Pai no grego é πατέρα que trás a idéia de Pai de várias pessoas que têm a mesma descendência, que nasceram da mesma fonte, da água e do ES, Jo. 3:5, portanto somos filhos do Mesmo Pai, Deus!
Quando lemos Jo. 1:12 vamos entender... “Mas, a todos quantos o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus”.
O grego trás a idéia de Filhos do mesmo caráter, tal qual, semelhante.
Tem os cristãos o mesmo caráter...?
Eu preciso dizer que os salvos são somente aqueles que têm o mesmo caráter...!
Que o viver é parecido com o do Senhor...
O viver dos crentes é tal qual...? É semelhante...? É parecido com...?
Se o nosso viver ainda não é tal qual, não é semelhante... precisamos buscar ser... se queremos realmente ser salvos!
Quero terminar com Ef. 4:13 – “Até que todos cheguemos à unidade da fé e o pleno conhecimento do filho de Deus, ao estado d homem feito, à medida da estatura da plenitude de Cristo”.
A oração tem que contribuir para que perecemos cada vez mais com o Senhor. Que o nosso relacionamento com Deus Pai seja parecido com o do Senhor Jesus com Deus Pai, um relacionamento carinhoso e íntimo.
Pr Flávio da Cunha Guimarães, Igreja Batista Tradicional em Pereira Barreto – SP.

Sem comentários:

Enviar um comentário